terça-feira, 29 de maio de 2012

Porque todos mentem

                     Na reportagem “Porque todos mentem” publicada na Revista Veja, em 2 de outubro de 2002, edição 1771, é mostrada a rotina humana das pequenas mentiras diárias e das grandes fraudes que iludem as multidões. Por um lado, a maioria das mentiras são consideradas inofensivas, pois ajudam a harmonizar as relações interpessoais no cotidiano. Por outro, há uma pequena porcentagem de mentiras que machucam ou ocasionam prejuízo material ou moral aos outros, com exceção nos tempos eleitorais, pois nessa época a taxa de mentira se multiplica geometricamente, porque os políticos, devido a sua necessidade profissional, se equiparam aos atores na capacidade de fingir, sendo possível afirmar que todo país tem mentiras oficiais enterradas em seu passado. O psicólogo americano Gerald Jellison calculou que, no decorrer de um dia normal qualquer (fora de períodos eleitorais), uma pessoa escuta, vê ou lê duas centenas de mentiras, ou seja, vivencia uma inverdade a cada cinco minutos. Mas antes de atirar a primeira pedra, os estudiosos da mentira aconselham que é bom lembrar que todo mundo mente e que a civilização foi construída sobre uma sólida base de mentiras, falsidades e conceitos abstratos aceitos como verdadeiros. Diversos psicólogos desenvolveram métodos de detecção da mentira, que se assentam principalmente no exame das expressões faciais, e também apontaram nove razões principais para que alguém minta ou resolva omitir informações. Estudiosos do comportamento animal concluíram que os bichos também mentem, fingem e disfarçam emoções e quanto mais próximos da linhagem humana, eles se tornam mentirosos mais eficientes. A mentira é considerada um dos traços da humanização e não foi classificada como um dos sete pecados capitais pelos codificadores da fé católica, pois sem a mentira a vida seria realmente muito difícil.

A reportagem pode ser encontrada no link: http://veja.abril.com.br/021002/p_094.html  

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